Lilian Hubner – 16/05/2016
Colunista aponta a necessidade de se discutir o bi/multilinguismo e o ensino de línguas no Brasil
“Ao tratarmos de bilinguismo ou multilinguismo, vários campos de discussão se abrem, destacando-se dentre eles 1) a relação entre bilinguismo e cognição ao longo da vida, 2) a diversidade linguística de nosso país e 3) o ensino e a aprendizagem de línguas em termos pedagógicos e de políticas linguísticas de valorização das línguas como veículos de ação pessoal e social. Cada um desses três temas será apresentado nesta coluna.
Antes de embarcarmos na discussão dos três temas propostos e respondermos à pergunta proposta no título, é importante que se defina o que se entende por bi e multilinguismo. A definição do que venha a ser um bilíngue pode variar entre dois extremos: de um lado, inicialmente se postulava que bilíngue era uma pessoa que dominava perfeitamente duas línguas, nas quatro habilidades (fala, escrita, leitura e compreensão oral); no outro extremo, aceitava-se que bilíngue era a pessoa que compreende ou produz algumas palavras, mais corriqueiras, na língua que não a sua materna.”